Federer

Porque gosto tanto de Federer, no que sou, aliás, acompanhado pelo meu filho Diogo? Não é só por ser, agora sem contestação, o mais fantástico jogador da história do ténis (não gostava particularmente de Sampras, que era um formidável tenista, e detestava Lendl, que também estava longe de ser mauzote). Penso que é pela sua técnica (com ele, tudo é fácil!) e, sobretudo, pela elegância do seu jogo. Tudo o que faz parece natural. Olhem para os seus pés, as suas mãos, o seu pulso quando apanha aquelas bolas do fundo do court: há, nos seus movimentos, uma beleza que Sampras (que tinha a técnica!) nunca conseguiu alcançar e que McEnroe, que a possuía, se via obrigado a envolvê-la numa força que lhe retirava espontaneidade. Todos os movimentos de Federer são de antologia, prontos a serem passados num qualquer filme que mostre aos jovens que se iniciam neste desporto a forma como devem jogar.
E a sua elegância estende-se à sua atitude. Nunca o vi contestar uma decisão dum árbitro (acho que o fez uma vez, mas logo se arrependeu), nem lançar gritos ao público ou aos adversários, nem sequer elevar a voz! Às vezes, isso até me irrita e, durante os dois úlçtimos anos, considerei que sugeria um não empenhamento que explicava as suas derrotas face a Nadal. Mas não! É apenas a sua forma de ser. Num desporto como este, competitivo como poucos em termos individuais, tem sempre uma palavra de apreço pelos adversários derrotados e mesmo, como na final de Roland Garros do ano passado, por aqueles (Nadal) que o derrotam. Um senhor. E um senhor que joga ténis como ninguém!
Os futebolistas bem podiam aprender com ele!
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