sexta-feira, 6 de junho de 2008

Roland Garros - antes da final

Tive pena que Gaël Monfils (na fotografia) não tenha chegado à final de Roland Garros, até porque Federer me parece distante, desinteressado e incapaz, não só de vencer Rafael Nadal mas mesmo de lhe dar resposta condigna (embora com jogadores desta qualidade nunca se saiba!). Embora continue a não gostar nada de Nadal (irritam-me a sua postura em campo, o seu equipamento e as suas manias - aquela coisa de colocar os objectos que traz consigo, como a garrafa de água e os sacos com precisão cirúrgica, a uma exacta distância uns dos outros, é francamente bizarra), só posso render-me perante a qualidade do seu ténis em terra batida. Basta que a troca de bolas dure mais de seis jogadas para ficarmos com a certeza de que vai ganhar o ponto. A forma como «tece a teia» em que vai enrolar o adversário é pura e simplesmente formidável: quando vem o golpe final da raquete, já este se encontra batido...Na sua meia-final contra Djokovic, apenas ele existiu (excepto por breves momentos no último set em que o sérvio pareceu acordar por breves momentos).

Assim, mais uma final – a terceira em três anos – entre Federer e Nadal e, se não me engano, com o mesmo resultado das outras duas. E estes números inacreditáveis: em Roland Garros, Nadal ganhou 27 partidas e nunca perdeu nenhuma. Ou seja, ganhou o título no primeiro ano em que concorreu e todos os outros que jogou depois. É já um recorde quase impossível de igualar.

No torneio feminino, Dinara Safina despediu em beleza Sharapova e Kuznetsova e defronta Ana Ivanovic. Este, sim, deve ser um jogo formidável. A minha preferida é Safina e é ela também que considero favorita mesmo se Ivanovic ascendeu ontem ao lugar de primeira jogadora mundial.