domingo, 30 de abril de 2006

Mãe, ainda

Mãe,
Faltou-nos o tempo... Quem diria?
Se nos dissessem que choraríamos tantas lágrimas,
Que a ausência nos doeria desta forma física e fatal...
Quem acreditava?
Lembro-me de a ouvir dizer:
Ainda terão saudades minhas!
E de rir consigo porque sabíamos que era imortal.
(E é-o, mas de um modo que não nos consola!)
Foi-se embora como esteve na vida:
Discretamente. Sem incomodar ninguém.
Pensar que não vem aquela chamada matinal...
E que tantas coisas ficaram por dizer!