Até à final
O meu amigo Carlos irrita-se porque eu, depois desta (longa) ausência provocada pelas minhas dores no ombro, só falo de futebol. Tem razão mas ainda me custa utilizar o computador e, assim, a minha participação no blogue tem sido muito reduzida.
Contudo, depois do último artigo julgo que devo voltar a falar da equipa de Portugal para salientar, desta vez, que os jogadores que souberam enfrentar um jogo difícil com inegável «fair play». É uma questão, para mim, de «getting the record straight».
As estatísticas falam por si. 10 faltas de Portugal durante os cento e vinte minutos e 2 cartões amarelos. Nada a ver com o que se passou no jogo com a Holanda. Conclusão: não é com faltas que se ganham jogos. E atenção no jogo com a França: afinal, se passarmos à final, não a queremos jogar sem jogadores!
Só mais duas notas.
1. Nunca gostei muito do Ricardo mas, desta vez, tenho que dar a mão à palmatória, reconhecendo-lhe todos os méritos do mundo – pelo menos quando toca a defender grandes penalidades. Esperemos que esteja tão inspirado no jogo com a França.
2. E – e esta é a segunda observação – cuidado com a França! Não façamos como os espanhóis que a tinham eliminado antes do jogo (os títulos de alguns jornais espanhóis anunciavam, a grandes parangonas, a «reforma» de Zidane), só para acordarem, no dia seguinte, com uma dor de cabeça que sabia a ressaca de mau vinho. Ou como os brasileiros, que garantiam que, desta vez, os franceses estavam no papo: seriam 3-0 para o Brasil, história de vingar a derrota de 1998. A França é uma grande equipa, que está muito moralizada, e os seus jogadores, que foram indecentemente criticados, demonstraram uma enorme raiva de vencer.
Provavelmente, não será um grande jogo, mas será um jogo para sofrer.
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