sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Dois poemas de Pedro Tamen

Dois poemas de Pedro Tamen, um do Primeiro Livro de Lapinova, outro do Poemas a Isto, e inseridos na colectânea, que agrupa os poemas de 1956 a 2001, Retábulos das Mentiras.
















(1)
Ninguém está longe: ao pé
de cada mão que eu te estendesse
o ar corre depressa e vai até
às malhas duma rede que se tece
dos fios infinitos e turbados.

Ao pé de ti é mundo que se aquece
- que vento bafo quente nos telhados...


(2)
Rosa, solar ou branco?
Cravo, terrestre e roxo.
Em vez de rouxinol, que diga mocho.
Corrente, assim te estanco