Rui Tavares
Não me parece que as pessoas se definam pelo que lêem. Há muito sacana que lê e gosta de boa poesia. Mas é possível que duas pessoas se encontrem em torno de alguns autores em particular, numa espécie de experiência intelectual partilhada. Em relação a Rui Tavares (de que li, recentemente, «Pobres e Mal-Educados» e «O Pequeno Livro do Grande Terramoto), é essa a sensação que tenho. Por sua causa, peguei de novo em Calvino («As Cidades Invisíveis»), Murakami (leio em francês mas os títulos ingleses dos livros são: «A Wild Sheep Chase» e «Dance, Dance, Dance») e decidi-me a ler e reler a obra completa de Sebald. Melhor do que perder tempo com romances que, em Portugal como noutros países, saem do prelo à velocidade do relâmpago, sem critério editorial nem interesse de maior.
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