Orquestras europeias
Num artigo anterior neste blogue, disse que a Orquestra Filarmónica de Viena tinha sido recentemente considerada pelos críticos da especialidade como a melhor orquestra do mundo. Corrijo: tratava-se de escolher a melhor orquestra europeia e não mundial. Se é verdade que, na actualidade, nenhuma formação americana se pode comparar aos maiores conjuntos europeus, não o é menos que, do palmarés a que me referi, as primeiras estavam excluídas.
Participaram no voto as seguintes revistas ou rádios musicais:
- Crescendo – Bélgica (www.crescendo.magazine.be)
- Fono Fórum – Alemanha (www.fonoforum.de)
- Gramophone – Reino Unido (www.gramophone.co.uk)
- MDR-Figaro – Alemanha (www.mdr.de)
- Le Monde de la Musique – França
- Musica – Italia (www.rivistamusica.com)
- Pizzicato – Luxemburgo (www.pizzicato.lu)
- Rádio Classique – França (www.radioclassique.fr)
- Scherzo – Espanha (www.scherzo.es)
- La Tribune de Genève – Suiça (www.tdg.ch)
(Entre parênteses, saliente-se que apenas uma revista francesa (!) não tem site Internet)
O resultado da votação (cada revista atribuiu pontos, de 10 a 1, às dez orquestras escolhidas) foi o seguinte:
- Orquestra Filarmónica de Viena (86 pontos)
- Orquestra do Concertgebouw de Amesterdão (85)
- Orquestra Filarmónica de Berlim (79)
- Orquestra Sinfónica de Londres (55)
- Orquestra da Staatskapelle de Dresde (48)
- Orquestra Sinfónica da Rádio da Baviera (47)
- Orquestra do Gewandhaus de Leipzig (37)
- Orquestra Filarmónica de S. Petersburgo (31)
- Filarmónica Checa (12)
- Filarmónica de Londres (9)
Como se vê, unanimidade quase absoluta relativamente a um trio composto por Viena, Amesterdão e Berlim, cujos resultados as colocam, como dizem os franceses, «dans un mouchoir de poche».
As cinco principais orquestras americanas (tradicionalmente chamadas «The Big Five»: Orquestra Filarmónica de New York, Orquestras Sinfónicas de Boston e Chicago, Orquestras de Philadelphia e Cleveland) situar-se-iam, quando muito, na metade inferior desta tabela, depois de Londres, Dresden e Baviera. Não era assim nos anos cinquenta e sessenta quando grandes maestros europeus tomaram conta dessas formações americanas e lhes deram prestígio e renome (Fritz Reiner em Chicago, Georg Szell em Cleveland). Mas as coisas mudam, e nem sempre em favor dos americanos. O que nos dá algum ânimo.
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