Obama - A vitória ao alcance da mão
Os resultados das primárias e caucus de ontem, aliados aos das do passado fim-de-semana, confirmam a quase irresistível progressão do Senador Barak Obama e acentuam o clima de derrota que pesa sobre a candidatura de Hillary Clinton, ocupada agora em aceitar as demissões da maioria dos membros dirigentes da sua campanha. Obama parece ter conseguido apoios importantíssimos nos sectores que tradicionalmente apoiavam Clinton (mulheres e trabalhadores) e seria disparate negar o momentum está do seu lado. Nada está ainda completamente decidido mas as coisas apresentam-se feias para o campo adversário. Só uma mais que convincente vitótia no Texas e em Ohio (em Março) pode ainda salvar Hillary Clinton; mas é cada vez mais improvável e alguns jornais já começaram a compará-la a Giuliani. De alguma forma, lamento que as coisas se passem deste modo (parecia-me importante ver uma mulher como ela na Casa Branca) mas, mesmo tendo em conta as inegáveis qualidades pessoais de John McCain, o meu voto no confronto entre Obama e McCain vai sem sombra de dúvida para o primeiro. McCain tem o apoio dos neo-conservadores (embora não da direita religiosa e da ala anti-impostos do Partido Republicano) e é favorável à continuação da guerra no Iraque, tendo mesmo apoiado o reforço das forças militares decidido por Bush no ano passado. Preocupa-me, em Obama, a sua inexperiência e desagrada-me o seu carisma, que se baseia, em grande parte, num certo desconhecimento de uma personagem que está na política há muito pouco tempo. Mas nada disso é suficiente para me fazer preferir a (má) experiência de McCain em matéria de política externa.
3 Comments:
posso-te dizer que fico mais descansado sabendo que não votarias McCain, mesmo se o pudesses fazer... oh ZP, o McCain?! dúvidas? só pode ser porque estás a passar por um mau bocado (o que compreendo). Só por isso te perdoo essa ideia de teres dúvidas sobre em quem votar, dado que o dito senhor não é mais do que um super-reaccionário, ainda por cima herói do Vietname, de tão má memória...
Carlos, Só falei das «inegáveis qualidades pessoais» de McCain, que me parecem incontestáveis. Um homem que se recusa a ser libertado sem os seu companheiros e suporta, por isso, mais quatro anos de cativeiro; e um homem que tem lutado, como tem podido, contra a corrupção financeira que invade os actos eleitorais americanos - tem qualidades pessoais. Mas nada disso me levaria sequer a pensar votar nele. Não devo ter sido muito claro mas parecia-me que não deixava marca para dúvidas a minha preferência.Enfim...
como já te disse acho isso bastante blabla. e não, não foste suficientemente claro no teu texto.
a este propósito mando-te notícias fresquinhas do NYT sobre o candidato
http://www.nytimes.com/2008/02/21/us/politics/21mccain.html
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