domingo, 23 de agosto de 2009

Nelson Évora e o «Sobe e Desce» do Público

A coluna Sobe e Desce do Público anda a merecer diagnóstico seguido de tratamento editorial. Há dois ou três dias, dava um sinal menos a Nelson Évora pela medalha de prata obtida nos mundiais de atletismo de Berlim. Nem quero pensar o que dirão amanhã de Naide Gomes, quarta no salto em comprimento (uma posição que nos desapontou mas que não permite considerar que a atleta não se esforçou).

Não sei exactamente quantas medalhas de ouro, prata ou bronze Portugal alcançou nos Jogos Olímpicos, nem quantos primeiros, segundos ou terceiros lugares tivemos em campeonatos do Mundo ou da Europa. Mas sei que não foram muitos! Melhor dizendo: sei que foram muito poucos.

Dizer que, para Nelson Évora (aliás, só vencido por um salto impressionante do seu adversário mais directo), a medalha de prata é uma derrota é o comentário dum desportista de salão, habituado a participar em provas de atletismo quando confortavelmente sentado num fofo sofá diante duma televisão de último modelo. Se todos temos o direito de ficar desiludidos, e já assim apenas porque Nelson Évora é um atleta excepcional, o nosso direito é de partilhar a sua enorme desilusão (compatir, como se diz em francês) e nunca o de ficarmos desiludidos contra ele.

Oh! Como a crítica é fácil quando feita de roupão e pantufas, enquanto a criada nos serve a chávena de chá... Ou na esplanada da esquina, com os pés à fresca em havaianas, em frente de um branco bagaço...

2 Comments:

Blogger Binho said...

In many ways, the work of a critic is easy. We risk very little, yet enjoy a position over those who offer up their work and their selves to our judgment. We thrive on negative criticism, which is fun to write and to read. But the bitter truth we critics must face, is that in the grand scheme of things, the average piece of junk is probably more meaningful than our criticism designating it so. - In Ratatouille Adp by Anton Ego

Resumida/ concordo a com esta apreciação assim como outras semelhantes que se apanham muito nestas competições, onde os "barriguinhas" que estão atras dos microfones com certeza nunca calcaram umas sapatilhas e correram em tartam para tentar chegar aos... 10 metros no triplo salto! Qto mais para serem o nº 2 numa competição mundial. Em vez de congratularem o atleta pela brilhante "prata", enfim...

P.S. - Vou manter a minha assiduidade aqui, pois n conhecia este "sitio"

24 agosto, 2009 11:44  
Blogger Binho said...

Tera q ser o tio a fazer um comentario ao epico BOLT.

Fico a espera...

Bj

A sua felicidade com a sua neta salta das fotografias

25 agosto, 2009 02:52  

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