sexta-feira, 21 de maio de 2010

Fora!

Fui, durante muito tempo, um apoiante crítico do Primeiro-Ministro. Infelizmente, tenho que me render à evidência. José Sócrates está a estragar Portugal. Não que o nosso país precise de muita ajuda para se desarranjar. Mas Sócrates, com a sua arrogância, as suas mentiras, a sua incapacidade de ultrapassar baixas jogadas políticas, a sua tentativa de, a todo o custo, ganhar pontos à custa dos adversários (que já começam a ser todos os portugueses), deixou de ser um factor de estabilidade e, muito menos, de esperança. Como disse José Pedro Aguiar Branco, Sócrates não faz parte da solução; ele é o problema.

É urgente, é necessário que Sócrates desapareça. O PS tem legitimidade para governar e outros políticos podem assumir a chefia do governo (Luís Amado ou Teixeira dos Santos, por exemplo). Mas este Primeiro-Ministro está esgotado, imerso na rede de disparates em que transformou o debate político. Já disse aqui, várias vezes, que Sócrates é o principal responsável pelo nível degradante a que chegou, entre nós, a discussão dos assuntos da governação. O que proclamou hoje, na discussão da moção de censura, só reforça esta impressão. Infelizmente, Sócrates não tem qualidade para dirigir o país.

Vai-me custar imenso; quase mais do que a Álvaro Cunhal quando se viu obrigado a votar Soares contra Freitas do Amaral. Mas o meu voto, se o PS não mudar de presidente, irá para Passos Coelho; ou para Jerónimo de Sousa.

Como eu, muitos... Sócrates desacredita a sua função. Fora – e depressa.