Notícias (muito) breves de ontem e hoje
Ontem, estive bastante bem. Melhor: como não me sentia desde antes do enfarte e das notícias sobre o cancro que, pese embora a sua dura realidade, ainda não consegui, para mim mesmo, encarar senão como disparates.
Pela janela, vejo o tempo limpo, a prometer um bom dia.
Programa para hoje: cortar o cabelo (aproveitando a agradável sensação de ele não ter caído por si como efeito da quimioterapia), comprar revistas, passar pelo supermercado e pela frutaria, ir ao Banco, deter-me na farmácia (minha expedição quase diária), voltar para casa. À tarde, e como ontem, quero passear a Kiddie. (De manhã, passeiam-na a Danila e a Valquíria). Devo dizer que a Kiddie está cada vez mais afectuosa: parece que adivinha que se passa qualquer coisa e, com o talento especial dos cães para seguirem os saltos de humor dos donos, é provavelmente isso mesmo que acontece. Deve sentir uma certa sensação de insegurança da minha parte e responde com mimos...
A Danila, queridíssima, disse-me que passará todas as tardes quando sair do seu outro emprego, para ver como eu estou. Já o fez ontem. Também se ofereceu para ajudar a Sofia nas compras no próximo fim-de-semana. Fico muito contente com estas provas de amizade. (Devo ter feito alguma coisa de bom na minha vida passada para merecer isto e, de forma geral, a solidariedade que me tem acompanhado desde que esta coisa apareceu).
(A fotografia é de um nascer do sol na Ria Formosa).
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