Michelangelo di Ludovico Buonarroti
Por falar em Capela Sistina... Havia um crítico de arte italiano (creio, mas não garanto, que era Frederico Zeri) que dizia que a única prova convincente da existência de Deus era a obra de Miguel Ângelo. Porque a sua arte só podia ter sido inspirada pela divindade.
Quando vi a Pietá, em Roma, na Basílica de São Pedro, vieram-me as lágrimas aos olhos. Tratava-se, com efeito, duma beleza sagrada. Mesmo para quem, como eu, nem sequer acredita nessa prova da existência de Deus. Acredito, sim, no génio magnífico, profundo, único, comovente, de um homem: Michelangelo di Ludovico Buonarroti Simoni. Michelangelo, o Imortal.
Foi no Renascimento que nos atrevemos a pensar, pela primeira vez mas ainda de forma muito incipiente e confusa, que o homem poderia ser o seu próprio Deus.
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