quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Michelangelo di Ludovico Buonarroti

Por falar em Capela Sistina... Havia um crítico de arte italiano (creio, mas não garanto, que era Frederico Zeri) que dizia que a única prova convincente da existência de Deus era a obra de Miguel Ângelo. Porque a sua arte só podia ter sido inspirada pela divindade.

Quando vi a Pietá, em Roma, na Basílica de São Pedro, vieram-me as lágrimas aos olhos. Tratava-se, com efeito, duma beleza sagrada. Mesmo para quem, como eu, nem sequer acredita nessa prova da existência de Deus. Acredito, sim, no génio magnífico, profundo, único, comovente, de um homem: Michelangelo di Ludovico Buonarroti Simoni. Michelangelo, o Imortal.

Foi no Renascimento que nos atrevemos a pensar, pela primeira vez mas ainda de forma muito incipiente e confusa, que o homem poderia ser o seu próprio Deus.