Sarah Palin

Esta mudança deve-se, segundo os institutos de sondagens, a um discurso de investidura bastante acima da média, em que Barack Obama foi muito preciso em relação ao programa que tenciona aplicar se for eleito Presidente, e à relativa desilusão do eleitorado independente face à escolha de Sarah Palin como candidata a vice-presidente de John McCain. Resta saber qual o efeito da convenção republicana, com os discursos, hoje, de Palin, e amanhã de McCain, nestas mesmas sondagens.
Por mim, não faço predições. Mas a ideia de que a escolha de Palin (anti-aborto, pró armas, mais conservadora do que o mais conservador dos apoiantes do Partido Republicano, e que até chegou a defender a independência do Alaska) pode levar os (as) apoiantes de Hillary Clinton, eventualmente descontentes com Obama, a votar no Partido Republicano parece-me um claro disparate. E, como tantos outros, permito-me duvidar da sua capacidade para assumir o cargo de vice-presidente e, dada a idade de McCain e o seu estado de saúde, para vir eventualmente a tornar-se Presidente dos Estados Unidos.
Dois comentários ainda, um sério, o outro vagamente snob.
O primeiro tem a ver com a clara precipitação de McCain quando teve que decidir perante uma escolha difícil e delicada. Optar por Palin simplesmente para tentar contrariar o efeito do discurso de Obama e tentar cativar os eleitores de Clinton não parece muito inteligente e não pressagia nada de bom para a forma como resolverá os muito mais graves problemas que enfrentaria como futuro Presidente dos Estados Unidos.
O segundo é que a candidata a vice-presidente é verdadeiramente muito possidónia. Dito duma forma mais suave: muito provinciana. Basta olhar para a fotografia.
0 Comments:
Enviar um comentário
<< Home