quinta-feira, 2 de julho de 2009

Benfica

A sorte de Luís Filipe Vieira importa-me pouco. Não sou benfiquista; e nem sequer falei com o meu irmão Francisco, ou com o meu genro João, que o são, para saber a sua opinião. Mas importa-me que, em Portugal, e ao contrário do que acontece em países soi-disant menos civilizados, continue a existir um Estado de Direito. Porque essa é a única forma de garantir direitos e liberdades individuais.

Assim, quando vejo o Presidente da Assembleia Geral dum grande clube dar-se o direito de recusar a decisão dum juíz, penso que alguma coisa vai mal na república lusitana. Há regras; há regras! Se o Sr. Manuel Vilarinho não concorda com o despacho do magistrado, recorre dele; senão, cumpre-o; não há terceira via; e se o recurso não vier a tempo tant pis.

Eis o que me foi ensinado na Faculdade de Direito de Lisboa... O pior é que esta gente não percebe que estas coisas se podem virar contra os que as praticam. Terão razão hoje; mas não amanhã... Amanhã, será a lista de Vieira que será rejeitada e aeite a lista do seu opositor! Em última análise, em democracia (repito, em democracia!), é a opinião dos tribunais e dos juízes, mesmo quando se enganam, que tem que prevalecer. Dizer o contrário é abrir a porta a todas as ditaduras.

Luís Filipe Vieira, Presidente do Benfica? Para um sportinguista como eu, nenhuma importância. Mas os benfiquistas deveriam pensar se querem homens como este à frente do seu clube.

1 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Ouvi dizer que esse tal clube do Porto é o que está a ter mais expansão em adeptos na Grande Lisboa. Se assim for, a vida quotidiana na capital arrisca-se a ser diferente: mais urbanidade, mais azáfama, mais cosmopolistismo e menos paragens para rezas. Acho que eles so vão à Igreja uma vez por semana.

Anonimo (por medo de retaliações)

03 julho, 2009 14:24  

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