Jorge Miranda, outra vez
A imagem mostra tudo: um homem cansado, farto da triste paródia em que se transformou a política portuguesa, desiste da sua candidatura a Provedor de Justiça. Devia ser difícil encontrar pessoa mais qualificada para o cargo (e não sou apenas eu que o julgo: José Miguel Júdice afirmou-o, alto e bom som, na sua coluna do Público) e, em boa verdade, toda a gente o sabe. Exigia-se, ao menos, um certo pudor da parte de Manuela Ferreira Leite: afinal, Jorge Miranda foi amigo e colaborador próximo de Francisco Sá-Carneiro. Claro que este PSD já não é o partido de Sá-Carneiro. Mas faz pena que, neste novo partido, um advogado como Aguiar Branco não tenha vindo a terreiro defender alguém que, como Jorge Miranda, devia ser uma referência para qualquer jurista português.
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