sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

Bom Ano

Pela segunda vez na minha vida passei a meia-noite de 31 de Dezembro sozinho. Não me lamentem. Foi decisão minha e decisão, não apenas assumida, mas agradável.

Em contrapartida, jantei com a minha filha Trezzu na Colina (Obrigado Joaquim, obrigado Rocha, hoje os orgulhosos donos de um restaurante onde fui pela primeira vez com os meus Pais, há quase quarenta anos: a amizade é coisa que fica muito para além do meu exílio em Bruxelas). Jantar formidável, querido, uma daquelas ocasiões que, segundo penso, não esqueceremos facilmente. O que passámos juntos no final deste ano justifica este encontro, que foi uma comunhão. (Teria jantado e passado o ano com filhas, filho e netas, genros e acrescentos, se não fosse o facto de todos os outros estarem ocupados fora de Lisboa, em lugares tão variados como aqui ao perto no Carregado, a meio caminho, em Trás-os-Montes, ou longe em Bruxelas).

Em todos os anos, há um dos nossos filhos que precisa mais de apoio, de ajuda, de ânimo. No final de 2009, foi a Trezzu. Estive aqui para ela, como estarei para qualquer outra ou outro, e ainda para qualquer das netas, se precisarem. E gostaria de deixar duas palavras especiais, uma para a Xá, a minha neta de quase quatro anos, a ternura que ocupa a minha vida e que, todos os dias, me enche duma alegria indescritível; outra para a Constança, de apenas quatro meses, mas que, com a serenidade de Buda (é o que o João lhe chama), nos encanta pela sua serenidade plena, embora a recusa de beber qualquer leite que não seja o da Mãe não augure, em futuros próximos, noites descansadas.

À medida que vou envelhecendo, sinto cada vez mais que é este amor pelos meus que constitui o aspecto mais importante da minha vida – o melhor de mim, a minha forma particular de estar no mundo. E junto às minhas filhas, ao meu filho e às minhas netas, os meus genros Diogo e João, o namorado da Trezzu, Helder, e, finalmente, a namorada do Dico, Mimi. Um universo! Gosto de todos vós. A minha vida é infinitamente mais rica por vos ter comigo. Era isto que gostaria de vos dizer.

Bom Ano a todos. Encontrar-nos-emos, de novo, juntos, ou separados fisicamente, mas sempre juntos na nossa ternura e no nosso amor, no próximo dia 31 de Dezembro. Até lá, como dizia o Raul Solnado, “façam o favor de ser felizes”.

3 Comments:

Anonymous TREZZU said...

desde quando é q o pai me chama "Teresa" e n "Trezzu" ?? :(

01 janeiro, 2010 22:10  
Anonymous Pai said...

Trezzu, não sei o que me passou pela cabeça nessa noite. Lembre-se que nem dei por que tinha passado o fim do ano; quando olhei para a televisão, já íamos adiantados em 2010. Mas o erro já foi corrigido... Beijinhos grandes. Love you, Trezzu. (Rima!)

07 janeiro, 2010 23:18  
Anonymous Anónimo said...

Devo estar muito piegas, pois dei por mim com as lágrimas nos olhos ao ler este seu post. É que concordo inteiramente consigo, quando se refere à importância do amor pelos nossos, à medida que vamos envelhecendo. Um grande beijinho.
Teresa

10 janeiro, 2010 20:41  

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