Banalidades
Preocupo-me com a qualidade das crónicas jornalísticas. Algumas delas não são mais do que monólogos de café. O principal suspeito é Miguel Esteves Cardoso. O que ele escreve no Público é o que diria se tomasse toma o pequeno-almoço com amigos numa pastelaria. "Gosto disto, gosto daquilo, aquele gajo é porreiro, o outro faz um bom trabalho e é meu amigo". Contam-se pelos dedos de uma mão os momentos em que diz algo vagamente interessante. Pagam-lhe para ser aborrecido. E ele aceita o dom.
Laurinda Alves parece estar interessada em percorrer o mesmo caminho. A sua peça de hoje, no "i", refere-se aos patrões que não valorizam o trabalho dos seus colaboradores. Conclui que "isso é péssimo, querida!" (Frase minha.) Não só por razões de caridade cristã, mas de eficácia. Trabalhadores que não se sentem motivados trabalham pouco e mal.
Precisamos mesmo de gente que nos agrida com estas banalidades? Quase apetece dizer, imitando Vasco Graça Moura mas em contexto mais bem-educado: besuntem a cara de vergonha. Porque escrevem tais sensaborias? Melhor fora que ficassem calados em casa a ver o último episódio da telenovela. Pelo menos, ninguém dava por isso.
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