Dormir, rir, sair
Dormir. Dormi bem – mas pouco. O meu problema de dormir não é de qualidade mas de quantidade. Quando adormeço, durmo bem; mas nunca mais de duas, três horas seguidas. E depois, se encontrar posição que não me afecte a respiração nem me traga dores, adormeço e acordo, acordo e adormeço... Mas sempre é melhor do que as noites em que não ando nesta roda-viva. Porque vou dormitando e porque a alternativa é descer para a sala às três, quatro da manhã – e garanto-vos que, a essa hora, não há nada, nada, que nos distraia.
Rir. Rio (ou sorrio mas também nunca fui de grandes gargalhadas) com as minhas netas. Agora, a Constança, quando me vê, rasga um enorme sorriso, solta às vezes uma pequena gargalhada, e quer ir para o meu colo. Está a crescer depressa. Mas tem esta mania de se atirar para o chão. No outro dia, atirou-se da cadeira onde come; e, uma outra vez, estava a empilhar brinquedos na cama para transpor as grades e mergulhar. A Xá que, antes de adormecer, esteve na minha cama, recomeçou as nossas conversas – mas explicou-me que preferia falar "amanhã". E, claro, "amanhã" vieram os desenhos animados e as perspectivas de conversa esfumaram-se. Gosto de a ver. No meio de toda esta confusão, de doenças e mudanças, parece-me que ela se sai bem. Talvez mais enervada do que é habitual: mas não o estamos nós todos também? Pelo menos, continua a rir com gosto. Disse-me que gostava de ter ficado mais um tempo em Bruxelas porque agora não me visita tanto.
Sair. Vamos sair esta tarde. Há uma pequena braderie mesmo aqui ao lado e vamos todos. Para mim, é importante não me fechar em casa. Mesmo se me movo em câmara lenta.
1 Comments:
Olá, é para mandar bjs enormes a todos. Espero que se divirtam na braderie.
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